Bem-estar e Felicidade no Trabalho: um caminho de ganhos mútuos e desenvolvimento sustentável

Val Salvador
Julho 2024

Na virada do século XX, a Psicologia Positiva (PP) surgiu com um novo propósito: investigar cientificamente o bem-estar, felicidade, otimismo, gratidão, espiritualidade e outros fenômenos psicológicos positivos. A PP se baseia em três pilares principais: emoções positivas, traços positivos e instituições positivas. Ao contrário de outras abordagens psicológicas focadas em classificações e doenças mentais, a PP direciona seu olhar para aquilo que nos faz prosperar, busca entender os fatores que promovem o desenvolvimento psicológico saudável e fortalecem as competências das pessoas, grupos e instituições.Com o tempo, a aplicação desses princípios se estendeu para diversas áreas, sobretudo nas organizações. Daí nasceu a Psicologia Positiva Organizacional e do Trabalho (PPOT), um campo que tem mostrado como intervenções voltadas ao bem-estar dos funcionários podem elevar a produtividade, reduzir a rotatividade e aumentar a satisfação no trabalho, impactando positivamente os resultados financeiros das empresas.Hoje, falar de bem-estar e felicidade no trabalho é essencial. Não há consenso na literatura sobre se são sinônimos ou conceitos complementares, mas o que sabemos é que ambos são cruciais para o desempenho organizacional. Pesquisas em todo o mundo indicam que colaboradores felizes e com alto nível de bem-estar são mais engajados, produtivos e criativos. Além disso, os estudos também comprovam que empresas que promovem essas condições tendem a reter talentos, reduzir o absenteísmo e minimizar custos com problemas de saúde mental e burnout. Integração desses princípios na gestão de pessoas transforma o ambiente de trabalho numa vantagem competitiva tangível. Entretanto, para que uma intervenção seja bem sucedida, é preciso que haja uma boa delimitação conceitual, ou seja, compreender exatamente de que fenômeno estamos falando e quais os instrumentos de medida podem ser utilizados, visto que, ao conhecer estes aspectos, direcionamos esforços para que a estratégia de intervenção realmente traga os efeitos desejados.

Por que as organizações deveriam se preocupar com o bem-estar e felicidade no trabalho?

Porque os benefícios são mútuos. Criar um ambiente de trabalho saudável não apenas melhora a qualidade de vida dos funcionários, mas também eleva os indicadores de desempenho da empresa. Para começar a ver resultados, é vital adotar práticas que promovam engajamento e satisfação, como desenvolvimento de habilidades pessoais e profissionais, reconhecimento contínuo e um ambiente de trabalho positivo e seguro.
Organizações proativas que investem em programas de bem-estar e felicidade observam um aumento significativo no engajamento dos colaboradores. Engajamento este, que se traduz em maior produtividade, criatividade e lealdade, reduzindo a rotatividade e os custos associados a absenteísmo e problemas de saúde mental.
Em suma, ao focar no bem-estar e felicidade dos funcionários, as empresas não estão apenas melhorando a vida de seus colaboradores, mas também construindo um diferencial competitivo que trará benefícios a longo prazo. Transformar o ambiente de trabalho numa verdadeira comunidade, onde todos se sentem seguros, valorizados e inspirados, é um investimento que vale a pena tanto para os colaboradores quanto para a empresa.

1. Jasmine

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